Há algum tempo atrás um amigo que prezo, ao ouvir mais uma das minhas historietas, disse-me: – Já construíste uma casa e um lar, tiveste um filho e já plantaste uma árvore. Está na altura de pensares em escrever um livro. Esta hipótese germinou na minha cabeça. Não era ideia virgem – já tinha pensado em passar ao papel algumas fantasias e reflexões. Mas, preguiçoso como sou (para além de egoísta e possessivo, segundo dizem…) hesitei sempre, pensando na carga de trabalhos em que me podia meter. Até corria o risco de alguém ler e gostar! De qualquer modo, depois de muito matutar, resolvi levantar o problema no “conselho familiar” e, durante um jantar, coloquei este meu devaneio em cima da mesa. Não me desincentivaram mas manifestaram algumas reticências. O meu filho, de formação mais prática e actual, dado à gestão e não tanto às artes – embora também escreva, e melhor – perguntou: – Porque não crias um blogue? – Um blogue? Isso é mais para políticos ou para intelectuais tipo Pacheco Pereira. E mesmo que quisesse… Como é que crio um blogue e para que o quero? A juventude tem resposta rápida e pronta para tudo. E veio, certeira: – Criar é fácil, eu ajudo. Depois, em vez do livro, escreves as histórias no blogue. Assim como assim, ninguém vai ler, seja o livro ou o blogue. Poupas o dinheiro da edição e da impressão do livro e vais passar umas férias com a mãe a qualquer sítio…
Sinopse
Há algum tempo atrás um amigo que prezo, ao ouvir mais uma das minhas historietas, disse-me: – Já construíste uma casa e um lar, tiveste um filho e já plantaste uma árvore. Está na altura de pensares em escrever um livro. Esta hipótese germinou na minha cabeça. Não era ideia virgem – já tinha pensado em passar ao papel algumas fantasias e reflexões. Mas, preguiçoso como sou (para além de egoísta e possessivo, segundo dizem…) hesitei sempre, pensando na carga de trabalhos em que me podia meter. Até corria o risco de alguém ler e gostar! De qualquer modo, depois de muito matutar, resolvi levantar o problema no “conselho familiar” e, durante um jantar, coloquei este meu devaneio em cima da mesa. Não me desincentivaram mas manifestaram algumas reticências. O meu filho, de formação mais prática e actual, dado à gestão e não tanto às artes – embora também escreva, e melhor – perguntou: – Porque não crias um blogue? – Um blogue? Isso é mais para políticos ou para intelectuais tipo Pacheco Pereira. E mesmo que quisesse… Como é que crio um blogue e para que o quero? A juventude tem resposta rápida e pronta para tudo. E veio, certeira: – Criar é fácil, eu ajudo. Depois, em vez do livro, escreves as histórias no blogue. Assim como assim, ninguém vai ler, seja o livro ou o blogue. Poupas o dinheiro da edição e da impressão do livro e vais passar umas férias com a mãe a qualquer sítio…
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