Acreditou o autor que este livro [tão alusivo] poderia ser um guia para
um amante de viagens improváveis. E não deixa de ser improvável esta
demanda de um amigo desaparecido, sombra de um passado enigmático, numa
Índia que apenas entrevemos em quartos de hotel, hospitais, estações
ferroviárias. Uma Índia que no entanto se revela em diálogos com
profetas nómadas, jesuítas portugueses, prostitutas de Bombaim, uma
fotógrafa da miséria de Calcutá. Mas este misterioso ballet de sombras é
sobretudo um hino à força criativa da linguagem, pois é graças a uma
palavra evocada em várias línguas que o viajante se aproxima daquele que
procura. E é graças à escrita que a viagem se torna livro, da insónia
passa a sonho e do sonho ao texto.
Sinopse
Ficha Técnica