«Nos tímpanos, como um acorde desmedido, a cava respiração dos desertos assola-te. Contorces-te, quando me aproximo, e benditos são os frutos do teu ventre, no oásis onde amadurecem. Mas não temos tempo. Envelhecemos, vamos e voltamos, e ao irmos e virmos, somos a errância dos pés, entregues à sua mecânica, indiferentes aos pesares, desfalecendo, retomando a marcha, a estrada tantas vezes percorrida por uns olhos abertos que já não vêem, tão habituados a reter nas suas órbitas as paisagens do desalento.»
Sinopse
«Nos tímpanos,
como um acorde desmedido,
a cava respiração dos desertos assola-te.
Contorces-te, quando me aproximo,
e benditos são os frutos do teu ventre, no oásis onde
amadurecem.
Mas não temos tempo.
Envelhecemos,
vamos e voltamos,
e ao irmos e virmos, somos a errância dos pés, entregues
à sua mecânica,
indiferentes aos pesares,
desfalecendo, retomando a marcha,
a estrada tantas vezes percorrida por uns olhos abertos
que já não vêem,
tão habituados a reter nas suas órbitas as paisagens do
desalento.»
Ficha Técnica
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