«Tínhamos acabado de jantar. Defronte de mim o meu amigo, o banqueiro,
grande comerciante e açambarcador notável, fumava como quem não pensa. A
conversa, que fora amortecendo, jazia morta entre nós. Procurei
reanimá-la, ao acaso, servindo me de uma ideia que me passou pela
meditação. Voltei me para ele, sorrindo. — É verdade: disseram me há dias que você em tempos foi anarquista…» — Fui, não: fui e sou. Não mudei a esse respeito. Sou anarquista. — Essa é boa! Você anarquista! Em que é que você é anarquista?... Só se você dá à palavra qualquer sentido diferente... — Do vulgar? Não; não dou. Emprego a palavra no sentido vulgar.»
O Banqueiro Anarquista foi publicado no 1.º número da revista Contemporânea, saído em 1 de Maio, de 1922.
Sinopse
— É verdade: disseram me há dias que você em tempos foi anarquista…»
— Fui, não: fui e sou. Não mudei a esse respeito. Sou anarquista.
— Essa é boa! Você anarquista! Em que é que você é anarquista?... Só se você dá à palavra qualquer sentido diferente...
— Do vulgar? Não; não dou. Emprego a palavra no sentido vulgar.»
O Banqueiro Anarquista foi publicado no 1.º número da revista Contemporânea, saído em 1 de Maio, de 1922.
Ficha Técnica