Mas tornou a voltar-se para o brigue. Ver a sua tão acalentada
propriedade, que tinha a animá-la qualquer coisa pertencente à alma de
Freya, único ponto de apoio de duas vidas neste vasto mundo, a segurança
da sua paixão, a companheira de aventuras, a força que arrebataria a
calma e adorável Freya, que ia trazê-la até ao seu peito e transportá-la
e levá-la até ao fim do mundo; ver essa coisa bela, que dava um
merecido corpo ao seu orgulho e ao seu amor, aprisionada na ponta de um
cabo de reboque, não era uma agradável experiência. Havia nela qualquer
coisa de pesadelo, como ver em sonhos, por exemplo, uma ave marinha
carregada com um peso de correntes. [Joseph Conrad]
Este ano
celebra-se o centenário do nascimento do poeta Ruy Cinatti (1915-1986).
Esta tradução de Aníbal Fernandes é também a concretização de um grande
desejo do poeta, evocado pelo tradutor no seu prefácio: «"Quando é que
traduzes Freya das Sete Ilhas?" Qualquer dia… Era na altura a
resposta possível; sem poder chegar a dizer-lhe que esse "qualquer dia"
podia ser distante, distante trinta e um anos.»
Sinopse
Este ano celebra-se o centenário do nascimento do poeta Ruy Cinatti (1915-1986). Esta tradução de Aníbal Fernandes é também a concretização de um grande desejo do poeta, evocado pelo tradutor no seu prefácio: «"Quando é que traduzes Freya das Sete Ilhas?" Qualquer dia… Era na altura a resposta possível; sem poder chegar a dizer-lhe que esse "qualquer dia" podia ser distante, distante trinta e um anos.»
Ficha Técnica