Fernando Dacosta
Fernando Dias Dacosta, jornalista e escritor português, nasceu no Caxito, a 100 km de Luanda, na Fazenda Tentativa, pertencente à Companhia do Açúcar de Angola, onde o pai trabalhava. Quando tinha três anos de idade, devido à saúde frágil da sua mãe, a família mudou-se para Folgosa do Douro, na margem sul do Douro. Aí passou a infância e a juventude, tendo estudado no Liceu de Lamego. Passou pela Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, acabando por se fixar em Lisboa, onde se licenciou em Filologia Românica.
Em 1967, iniciou a sua carreira jornalística a convite de Carlos Mendes Leal, director da delegação da agência noticiosa Europa Presse (ligada à Opus Dei) em Lisboa. Dacosta foi destacado como repórter na Assembleia Nacional e no Palácio de S. Bento. Foi nessa altura que conheceu pessoalmente Salazar, encontro que muito o impressionou e o motivaria no futuro a dedicar particular interesse literário à figura do estadista.
Trabalhou em vários jornais e revistas como Filme, Europa-Press, Flama, Notícia, Comércio do Funchal, Vida Mundial, Diário de Lisboa, Diário de Notícias, A Luta, JL, O Jornal, Público, Visão. Colaborou em vários programas de rádio, de que se destaca Café Concerto de Maria José Mauperrin, na Rádio Comercial, nos anos 80. Na RTP, em 1991/2, apresentou uma rubrica sobre literatura. Dirigiu os Cadernos de Reportagem e foi co-editor das edições Relógio de Água.
A sua obra reparte-se por vários géneros, designadamente reportagem, teatro, romance, narrativa e conto. Homem de esquerda, teve o privilégio de conviver intimamente com algumas das maiores figuras da cultura e da política portuguesa do século XX, da Oposição, bem assim como do Estado Novo, que de certo modo se lhe confidenciaram, incentivados pela sua personalidade discreta e cativante. Foi muito próximo de Agostinho da Silva e de Natália Correia.
A temática da sua obra, de cunho histórico e sociológico, sem contudo deixar de ser marcadamente intimista e mística, centra-se no fim do Império Português e na preservação da memória do período pré- 25 de Abril de 1974, reflectida em escritos como O Viúvo, Máscaras de Salazar ou Os Mal-Amados. Ao longo da sua carreira, a sua obra tem sido frequentemente premiada.
Nasceu a 12 de Dezembro de 1945 , Caxito, Angola
Ver livros do autor
Sou este autor e quero editar a minha página pública
Comentários
Para comentar precisa de estar registado