Portugal, 1820-1910: Absolutismo vs. Liberalismo, Monarquia vs. República

Estes noventa anos (1820-1910) da história de Portugal assistiram a duas grandes confrontações político-ideológicas, que determinaram decisivamente toda a sua evolução e mergulharam o país em permanente turbulência política, violência social e instabilidade e caos económico, apenas brevemente interrompidos com o período da “Regeneração”. Guerras civis, intrigas e golpes palacianos, motins populares e movimentos revolucionários e constantes mudanças de governo marcaram o desenrolar dos acontecimentos e culminaram com o regicídio e o fim da monarquia e a implantação da república, induzindo uma transformação radical da sociedade portuguesa.

Personalidades como Palmela, Costa Cabral, Saldanha, Fontes Pereira de Melo, Paiva Couceiro, Teófilo Braga, Afonso Costa ou João Franco, organizações secretas como a Maçonaria ou a Carbonária, grupos de intelectuais e escritores como os da Geração de 70, para além dos próprios monarcas D. Pedro, D. Miguel, D. Maria e D. Carlos, protagonizaram a agitação pública e as convulsões sociais ocorridas ao longo destes anos.

Eminentes historiadores contemporâneos, dos quais Vasco Pulido Valente, Maria Filomena Mónica, António Ventura, Rui Ramos, ou Maria de Fátima Bonifácio, entre outros, têm produzido bastante e desenvolvida literatura sobre esta época da história portuguesa, relatando os eventos e analisando as suas consequências.

Livros sobre as guerras liberais e a implantação da república em Portugal