Nas suas próprias palavras, Jonathan Franzen era o tipo de rapaz que
tinha medo de aranhas, bailes do liceu, urinóis, professores de música,
bumerangues, de raparigas populares – e dos pais. Não tinha nada contra
os miúdos totós, a não ser o pânico de que o tomassem por um deles,
destino que resultaria para ele na imediata Morte Social. Encarando a
puberdade da mesma forma que um mestre falsário encara uma encomenda
particularmente difícil, fingia-se um tipo que dizia muitas vezes
“merda” com a maior naturalidade e que não gostava de fazer cálculos na
sua nova calculadora Texas Instruments de seis funções. A Zona de
Desconforto é a memória íntima que Franzen guarda do seu crescimento
dentro de uma pele hipersensível, de “uma pessoa pequena e
fundamentalmente ridícula”, passando por uma adolescência estranhamente
feliz, até um adulto de paixões fortes e inconvenientes. A sua história
pessoal de uma juventude vivida no Midwest e uma idade adulta vivida em
Nova Iorque é condimentada pela mesma mistura de ironia e afecto que
caracteriza a sua ficção; o resultado é um retrato fascinante de um
americano que harmoniza de forma ímpar a razão e o coração.
Sinopse
Ficha Técnica