Mário de Carvalho
Mário de Carvalho nasceu numa família do Sul de Portugal. A reminiscência do Alentejo aflora em vários passos da sua obra, mas Lisboa é o lugar privilegiado dos seus textos. A prisão do seu pai pela PIDE, foi um choque duríssimo que o levaria desde muito cedo à resistência contra o regime. Já no Liceu Camões, foi aluno de Mário Dionísio e colega de turma de João Aguiar e Eduardo Prado Coelho. A partir das greves estudantis de 1961-1962, desenvolveu actividade nas associações académicas e cineclubes, até à sua licenciatura pela Faculdade de Direito de Lisboa.
Em 1971, devido à resistência clandestina antifascista, foi preso pela polícia política durante a instrução militar. Submetido a onze dias de privação do sono, acabou por cumprir catorze meses de prisão nas cadeias políticas de Caxias e Peniche. Essa situação encontra-se dramatizada filme de José Barahona Quem é Ricardo?. Saiu ilegalmente de Portugal em 1973 e exilou-se em Lund, na Suécia, onde obteve asilo político já nas vésperas da Revolução de Abril.
Regressado a Portugal, após um agitado envolvimento político, dedicou-se a uma advocacia de causas, nomeadamente sindicais e de inquilinato. Integrou a direcção da Associação Portuguesa de Escritores, durante as presidências de David Mourão-Ferreira (1984-1986) e Óscar Lopes (1986-88). Foi professor convidado da Escola Superior de Teatro e Cinema e da Escola Superior de Comunicação Social durante vários anos. Orientou pós-graduações em escrita de teatro na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa e várias oficinas de escrita de ficção. É pai da escritora Rita Taborda Duarte e da jornalista Ana Margarida de Carvalho.
Um dos mais aclamados escritores portugueses, estreou-se em 1981 como ficcionista, com Contos da Sétima Esfera, que inicia um percurso que passa pela escrita de teatro e de cinema, pela crónica e, sobretudo, pelo romance. Está editado no Brasil e traduzido em espanhol, francês, inglês, alemão, italiano, grego, búlgaro e croata.
A sua obra mais conhecida é o romance histórico Um Deus Passeando pela Brisa da Tarde, galardoado com o Grande Prémio da Associação Portuguesa de Escritores (1995), com o Prémio Fernando Namora (1996) e com o Prémio Pégaso de Literatura (1996). O livro Fantasia para Dois Coronéis e Uma Piscina foi galardoado com o Grande Prémio de Literatura ITF/DST (2005). Em 2009 o autor recebeu o Prémio Vergílio Ferreira, pelo conjunto da sua obra.
Nasceu a 25 de Setembro de 1944 , Lisboa, Portugal
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